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Irmãos Campana e Melissa, uma parceria que deu certo.

  • Luiz André Gonzaga
  • 2 de set. de 2015
  • 2 min de leitura

Os Irmãos Campana, Fernando e Humberto Campana, arquiteto e bacharel em direito, respectivamente, abriram seu escritório em 1983, em São Paulo. Seus trabalhos usam materiais comuns do dia-a-dia, que sofrem diversas transformações e reinvenções, buscando sempre novas possibilidades. Além disso, possuem características brasileiras como, por exemplo, as cores, as soluções criativas, o caos e a mistura. Entre suas obras estão projetos de móveis, design de interiores, paisagismo, cenografia e moda.

A primeira série de objetos com assinatura de Fernando e Humberto Campana não tinha nada a ver com o que ilustra estas páginas: lançados no final dos anos 80, os “Desconfortáveis” (móveis feitos de metal sem acabamento) foram revelados por meio de uma exposição que sacudiu o mundo do design no Brasil.

Trinta anos depois, os irmãos carregam no currículo, entre mil e muitas conquistas, o posto de primeiros designers fora do mundo da moda a desenvolverem cocriações para a Melissa. Aqui as regras são outras, e a parceria, que já dura 10 anos, vem pautada pelo conforto

A parceria entre a Melissa e os Irmãos Campana teve início em 2005 com a sapatilha Favela, que foi inspirada em uma cadeira de mesmo nome produzida em 1991; ambas fazem referência às construções das favelas brasileiras feitas com sarrafos irregulares de madeira.

Em 2006, eles criaram a coleção Zig Zag, que também foi desenvolvida a partir de uma poltrona de mesmo nome;

Em 2008, foi lançada a coleção Corallo;

E em 2011, foi criada a Melissa Costela de Adão, em homenagem ao Brasil e inspirada na planta de mesmo nome. Essa sandália possuía o conceito que as folhas de plástico envolvem os pés

A sapatilha Papel foi desenvolvida em 2012 e inspirada em um modelo geométrico formado pelas ondulações de cartolina, reproduzido com material rústico.

O modelo Fitas, lançado em 2014, foi inspirado no buffet Fitas, que foi desenvolvido a partir de um estudo sobre papelão.

Falas dos designers sobre o modelo fitas:

“Trazemos o máximo do orgânico. Formas que, assim como a natureza, acolhem, vestem, abrigam e protegem”, explica Fernando.

“Essa sandália parte de um estudo de papelão que fizemos para a criação de um biombo. O que impressiona é como a Grendene conseguiu reproduzir a textura e os desenhos em um calçado”, conta Humberto.

Fernando engrossa o coro: “Transformar uma ideia em sapato é uma coisa mais profunda do que criar um objeto de decoração. Por conta do contato humano _com o pé, com a pele. É sempre um desafio. Mas contamos com a tecnologia de ponta da marca”.

De onde brotam tantas ideias?

“No caso da parceria com a Melissa, o processo de criação começa com total liberdade. No nosso estúdio, todo mundo opina. Principalmente as mulheres: se elas não aprovam, nem mandamos para a fábrica!”, finaliza Humberto.


 
 
 

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hibridismo arquitetura e moda: 

 

A conjuntura contemporânea do design estabelece a necessidade de um aparato ideológico que reproduza as intenções do criador refletidas em sua obra. Um diálogo intersemiótico entre as categorias artísticas tais como as artes plásticas, fotografia, cinema, moda e arquitetura geram produtos frutos de práticas híbridas. A apropriação, em via de mão dupla, de técnicas e tecnologia entre a arquitetura e a moda tem gerado produtos esclarecedores desse hibridismo, e buscamos aqui expor e analisar esses produtos.

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